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Atlântida pode ter sido encontrada na Espanha? O que sabemos até agora?

  • Foto do escritor: Infocusnews
    Infocusnews
  • 7 de set.
  • 4 min de leitura

Recentemente, o arqueólogo independente Michael Donnellan afirmou ter encontrado fortes evidências da existência da cidade submersa.


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(Imagem Ilustração/Créditos:GilAlves)


A busca pela lendária cidade perdida de Atlântida atravessa gerações, misturando mito, filosofia, ciência e arqueologia. Por mais de 2.000 anos, pesquisadores vêm tentando decifrar os escritos de Platão, que descreveu uma civilização altamente avançada, destruída por um cataclismo há cerca de 11.000 anos.


Agora, novas descobertas na costa da Espanha reacenderam o debate mundial, levando muitos a questionar: afinal, Atlântida era apenas um mito ou uma realidade histórica?


Recentemente, o arqueólogo independente Michael Donnellan afirmou ter encontrado fortes evidências da existência da cidade submersa próxima a Cádiz, na Andaluzia.


O tema ganhou repercussão global após ser debatido no famoso podcast The Joe Rogan Experience, onde o apresentador Joe Rogan ficou visivelmente impactado com os relatos apresentados pelo pesquisador independente Ben van Kerkwyk.


Joe Rogan e a reação à descoberta


Durante o episódio, van Kerkwyk relatou que Donnellan teria identificado, com auxílio de tecnologias avançadas, estruturas submersas que lembram exatamente as descrições feitas por Platão nos diálogos Timeu e Crítias.


“Eles com certeza encontraram alguma coisa nas águas da costa da Espanha”, disse van Kerkwyk. Rogan, surpreso, apenas respondeu: “Uau”, destacando o documentário de Donnellan, intitulado "Atlantica", que deve revelar imagens inéditas das ruínas submersas.



Estruturas circulares e templos submersos


Segundo Donnellan, foram descobertas enormes estruturas lineares e paredes circulares concêntricas, com mais de 6 metros de altura, formando um padrão organizado no fundo do oceano.


Entre essas muralhas, canais esculpidos indicariam um sistema de engenharia altamente sofisticado.


No centro das ruínas, a equipe localizou uma estrutura retangular que se assemelha ao templo de Poseidon, descrito por Platão como o coração da capital atlântica.


Um detalhe chama atenção: a muralha externa apresentava sinais de destruição violenta, como se tivesse sido atingida por um tsunami colossal. Outras paredes internas também estavam deslocadas, sugerindo a ocorrência de um evento súbito e devastador.


Tecnologias de ponta revelando o passado


As investigações de Donnellan duraram oito anos e envolveram ferramentas avançadas como:


  • Sistemas de sonar de alta resolução, capazes de mapear em 3D o relevo submarino.


  • Fotografia aérea e satélite, fornecidas pela empresa britânica Merlin Burrows, que já participou de outros estudos arqueológicos.


  • Equipes de mergulho e especialistas multidisciplinares, incluindo arqueólogos independentes e acadêmicos consultados para validar os achados.


De acordo com van Kerkwyk, não restam dúvidas de que as estruturas identificadas são de origem artificial, e não formações naturais.



Platão e a precisão das descrições


Os escritos de Platão, datados de aproximadamente 360 a.C., descrevem Atlântida como uma potência marítima que dominava vastas regiões. O filósofo grego detalhou:


  • A existência de muralhas circulares ao redor da cidade.

  • Um clima fértil, que permitia agricultura o ano todo.

  • A localização próxima à região de Gades (antiga denominação para Cádiz).

  • A presença de templos monumentais, incluindo um dedicado a Poseidon.


Para Donnellan, a semelhança entre as ruínas encontradas e as descrições de Platão é “extraordinariamente precisa, em um grau perfeito”.


Evidências de comércio e animais descritos por Platão


Outro ponto curioso é a relação com animais citados por Platão, como cavalos, touros e elefantes. Donnellan argumenta que a região de Andaluzia possui vínculos diretos com essas referências:


  • O cavalo andaluz, considerado uma das raças mais antigas do mundo.


  • O touro de lide, usado até hoje em touradas, com linhagem que remonta a milhares de anos.


  • Evidências de comércio pré-histórico de marfim, sugerindo que até elefantes asiáticos chegavam à Península Ibérica.


Esses indícios reforçam a hipótese de que havia intenso comércio internacional, algo compatível com uma civilização avançada e globalizada para sua época.


O evento cataclísmico e a hipótese Younger Dryas


Donnellan também conecta suas descobertas à chamada Hipótese do Impacto do Younger Dryas (YDIH). Essa teoria sugere que, há cerca de 12.000 anos, a Terra foi atingida por fragmentos de um cometa em desintegração.


O impacto teria desencadeado:

  • Derretimento abrupto de geleiras.

  • Inundações massivas.

  • Mudanças bruscas nas correntes oceânicas.

  • Um resfriamento climático repentino, responsável por extinções em massa.


Embora a YDIH não seja amplamente aceita por todos os cientistas, muitos acreditam que esse cenário pode explicar como uma civilização inteira foi varrida do mapa em tão pouco tempo.



A polêmica: mito ou realidade?


A comunidade científica continua dividida. Para muitos historiadores, Platão teria usado a história de Atlântida como alegoria filosófica sobre orgulho, poder e destruição.


No entanto, descobertas como as de Donnellan mantêm viva a possibilidade de que parte do mito tenha base em fatos históricos.


Enquanto isso, o público aguarda ansiosamente o lançamento do documentário "Atlantica", que promete trazer imagens inéditas das ruínas submersas na costa de Cádiz.


Se confirmada, essa seria uma das descobertas mais significativas da história da arqueologia, reescrevendo não apenas a origem da civilização ocidental, mas também a compreensão de catástrofes globais ocorridas há milhares de anos.


A possível descoberta da cidade perdida de Atlântida continua a gerar debates apaixonados.


Entre ceticismo e fascínio, a investigação de Michael Donnellan representa um marco na busca por respostas a um dos maiores mistérios da humanidade.


Seja mito ou realidade, Atlântida segue viva no imaginário coletivo, e agora, mais do que nunca, parece estar prestes a sair das páginas da filosofia antiga para o campo da arqueologia moderna.


Fonte: Dailymail



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