Mistério na Argentina: mortes de bezerros sem sangue reacendem temor do chupacabra em Tintina.
- Infocusnews

- 26 de ago.
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Na maioria dos casos, os ataques são marcados por perfurações circulares e a completa drenagem de sangue das vítimas, geralmente cabras, ovelhas e bezerros.

(Imagem Ilustração/Créditos:GilAlves)
Uma onda de mortes misteriosas de animais em uma fazenda localizada na comunidade de Tintina, província de Santiago del Estero, na Argentina, tem causado alvoroço entre moradores e despertado suspeitas sobre a possível volta de uma criatura lendária que há décadas intriga a América Latina: o chupacabra.
O criador de gado Eduardo Torán, dono da propriedade, afirma que em apenas alguns meses perdeu dezenas de bezerros de forma inexplicável.
O fazendeiro destaca que as carcaças não apresentam sinais convencionais de ataques de predadores conhecidos, como cães selvagens, onças ou até morcegos hematófagos.
Em vez disso, os animais foram encontrados sem uma gota de sangue, com perfurações enigmáticas concentradas na região da cabeça.
“O mais estranho é que aqueles que estavam mortos não tinham cheiro algum”, relatou Torán à imprensa local, impressionado com o fato de que nenhum animal necrófago — como urubus ou cães de rua — demonstrou interesse pelos corpos, que normalmente seriam uma presa fácil e apetitosa.
O detalhe que mais intriga: ausência total de sangue
Segundo o fazendeiro, alguns bezerros sobreviveram aos ataques, ainda que com ferimentos superficiais, o que reforça a ideia de que algo incomum está acontecendo.
A ausência de sangue e o aparente “esvaziamento” interno das vítimas são características que coincidem com os relatos históricos atribuídos ao chupacabra, criatura mítica descrita por testemunhas desde a década de 1990 em Porto Rico, México, Chile, Brasil e Argentina.
Na maioria dos casos, os ataques são marcados por perfurações circulares e a completa drenagem de sangue das vítimas, geralmente cabras, ovelhas e bezerros. Esses elementos têm reforçado o temor de que não se trata de um predador comum.
Testemunho de um vigia noturno
Em busca de respostas, Torán enviou um funcionário para vigiar o rebanho durante a noite. No entanto, a missão terminou em pânico: o homem, desarmado, acabou fugindo após afirmar que viu uma criatura “maior que um cachorro, mas com uma cabeça totalmente diferente”.
A descrição trouxe à memória dos moradores as antigas narrativas sobre o chupacabra, geralmente retratado como um ser de aparência grotesca, de olhos vermelhos, corpo robusto e comportamento predatório noturno.
Autoridades ainda não se pronunciaram
Apesar da repercussão crescente na região, até agora nenhuma autoridade argentina se manifestou oficialmente sobre o caso.
Especialistas em fauna silvestre ainda não foram chamados para analisar os corpos, mas há expectativa de que uma investigação seja aberta se os ataques persistirem.
Enquanto isso, o mistério aumenta a tensão entre os pecuaristas locais, que temem novas perdas no rebanho. “Se continuar assim, vai virar uma tragédia. Precisamos de respostas”, afirmou Torán.
Lenda ou realidade?
O chupacabra é uma das lendas urbanas mais famosas da América Latina. Desde os primeiros relatos em Porto Rico, nos anos 90, inúmeros casos semelhantes surgiram, quase sempre associados a mortes estranhas de animais de fazenda.
Embora cientistas frequentemente atribuam as ocorrências a ataques de predadores comuns, doenças ou até mesmo práticas humanas clandestinas, a repetição dos padrões, especialmente a ausência de sangue e o desinteresse de necrófagos, continua alimentando o mito.
Na Argentina, não é a primeira vez que episódios assim vêm à tona. Ao longo das últimas décadas, diferentes províncias relataram ataques semelhantes, sempre cercados de dúvidas e especulações.
O impacto na comunidade
O clima em Tintina é de preocupação e incerteza. Muitos moradores estão evitando sair à noite e reforçaram cercas e currais na tentativa de proteger os animais.
A cada novo ataque, o enigma se intensifica e fortalece a ideia de que algo além do natural pode estar rondando a região.
Seja mito ou realidade, o fato é que o caso reacende o interesse por uma das histórias mais assustadoras do folclore moderno latino-americano e coloca Tintina no mapa dos mistérios não resolvidos.



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