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Mistério na Patagônia: câmeras científicas registram fenômeno luminoso sem explicação.

  • Foto do escritor: Infocusnews
    Infocusnews
  • 23 de ago.
  • 3 min de leitura

O movimento “descendente em alta velocidade”, que em um cálculo superficial foi estimado em cerca de 947 km/h, pode ser uma ilusão causada pela perspectiva.


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(Imagem Reprodução/Crédito:UMAG)


O que deveria ser apenas mais uma noite de monitoramento ambiental transformou-se em um enigma que intriga cientistas, autoridades e curiosos.


Pesquisadores do Grupo de Estudos Ambientais (GEA) da Universidade de Magalhães (UMAG), no Chile, capturaram um registro inédito de luzes misteriosas em uma região remota da Patagônia chilena, a cerca de 54 quilômetros ao norte de Punta Arenas.


O fenômeno ocorreu na madrugada de 21 de janeiro de 2025, exatamente às 00h22, quando uma das armadilhas fotográficas de infravermelho instaladas para observar discretamente a fauna local, foi acionada.


Em vez de registrar animais, como raposas, huemules ou aves noturnas, o equipamento registrou algo completamente inesperado: duas esferas luminosas intensas, que parecem mover-se para baixo em altíssima velocidade.


As três imagens foram tiradas em um intervalo de apenas dois segundos, e o clarão foi tão forte que chegou a ofuscar parcialmente a lente da câmera. Desde então, o registro vem gerando debates entre pesquisadores e internautas, reacendendo velhas histórias de “luzes estranhas” associadas ao folclore patagônico.


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(Imagem Reprodução/Crédito:UMAG)


Hipóteses científicas e explicações alternativas

Logo após a divulgação das imagens, surgiram diversas tentativas de explicar o fenômeno. Uma das principais teorias levantadas considera a possibilidade de que o evento não seja de origem cósmica ou tecnológica, mas sim biológica ou óptica.


Especialistas apontam que insetos noturnos, como mariposas de grande porte, ao passarem a poucos centímetros da lente, podem gerar esse tipo de efeito visual quando iluminados pelos emissores infravermelhos da armadilha.


Nesse caso, o brilho intenso seria resultado de superexposição, dando a falsa impressão de esferas de luz suspensas no ar.



O movimento “descendente em alta velocidade”, que em um cálculo superficial foi estimado em cerca de 947 km/h, pode ser uma ilusão causada pela perspectiva.


Se o objeto estiver muito próximo da câmera, sua velocidade real pode ser mínima, embora pareça extremamente rápida.


Esse tipo de fenômeno é conhecido por gerar os chamados “orbes luminosos”, comuns em registros de vigilância noturna.


Ainda assim, o fato de o evento ter sido registrado em três quadros sequenciais torna o caso incomum, já que a maioria dos “orbes” aparece em apenas uma única foto.


Isso mantém a discussão em aberto.


Assista o vídeo no canal,umagtv no YouTube:


Valor científico e cultural do registro

Independentemente da explicação final, os pesquisadores da UMAG ressaltam que se trata de um registro de grande valor científico e patrimonial.


Para o pesquisador Rodrigo Bravo Garrido, integrante do GEA, o episódio vai além do simples acaso técnico:

“Embora relatos históricos de luzes misteriosas façam parte da tradição oral dos povos indígenas da Patagônia, esta é a primeira vez que esse tipo de fenômeno é documentado em um contexto acadêmico e com instrumentos de pesquisa.”

De fato, em diferentes comunidades ancestrais da região, existem menções a “luzes ruins” ou “fogueiras do céu”, interpretadas como manifestações sobrenaturais.


Agora, a ciência tem em mãos uma evidência que, ao mesmo tempo, reforça o folclore e desafia a racionalidade.


O caso foi oficialmente comunicado à Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) do Chile, que possui um departamento voltado para o estudo de fenômenos aéreos anômalos.


A expectativa é que o registro seja analisado com rigor técnico, a fim de descartar ou confirmar hipóteses naturais, tecnológicas ou até atmosféricas.



Entre o folclore e o desconhecido

A Patagônia, conhecida por seus cenários extremos e por ser uma das regiões mais isoladas do planeta, sempre foi palco de narrativas ligadas ao inexplicável.


O encontro entre tradição, ciência e mistério torna o episódio ainda mais fascinante.

Seja o resultado de um simples inseto, de um reflexo atmosférico ou de um fenômeno ainda não compreendido, o registro abre espaço para novas discussões sobre os limites do conhecimento humano.


Mais do que isso, reforça o papel da ciência em dialogar com a cultura local e com os enigmas que, desde tempos remotos, despertam a curiosidade e o imaginário coletivo.


Enquanto as análises continuam, o brilho das luzes da Patagônia permanece como um lembrete de que a natureza e talvez o universo, ainda guardam segredos que estamos apenas começando a desvendar.




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