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Vanguard e Sentinel: O Futuro da Vida Humana Sob as Águas Profundas

  • Foto do escritor: Infocusnews
    Infocusnews
  • 2 de nov.
  • 3 min de leitura

Conheça os primeiros habitats subaquáticos modulares que prometem tornar possível viver e trabalhar no fundo do oceano por até um mês, abrindo uma nova era para a ciência, exploração e turismo marinho.


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(Imagem Ilustração-Tecnologia no fundo do Mar/Créditos:Gil Alves)


Em um mundo onde a exploração espacial avançou vertiginosamente, um novo desafio emerge: tornar possível a vida humana no fundo do oceano, um dos maiores mistérios e últimas fronteiras ainda não totalmente descobertas da Terra.


Empresas visionárias no Reino Unido estão à frente dessa revolução, desenvolvendo habitats subaquáticos de última geração que podem transformar nossa relação com os mares para sempre.


A companhia DEEP apresentou dois projetos revolucionários: o Vanguard, um habitat-piloto que já está quase pronto para ser lançado, e o Sentinel, uma base modular maior e mais complexa planejada para 2027.

Esses habitats permitirão que mergulhadores profissionais, cientistas marinhos, pesquisadores e até turistas vivam em segurança a até 200 metros de profundidade durante semanas, liberando um novo potencial para estudos contínuos, operações de resgate e turismo subaquático.


Tecnologia e Engenharia de Ponta


Os módulos dessas bases são construídos com uma tecnologia inovadora chamada "wire-arc additive manufacturing" (WAAM), que nada mais é do que uma versão gigante da impressão 3D usando metais, especificamente um aço reforçado com uma liga nickel-based super-resistente chamada Inconel, utilizada em foguetes espaciais e na indústria aeroespacial.


Seis robôs gigantes trabalham juntos para soldar camada após camada dessa estrutura robusta, garantindo durabilidade e resistência extrema às pressões do oceano profundo.


Essa técnica não somente cria uma estrutura capaz de suportar altas pressões, mas também reduz desperdícios e permite que os módulos sejam transportados, remontados e configurados conforme a necessidade, como peças de Lego gigantescas, oferecendo versatilidade para diferentes missões e ambientes.


Vida Subaquática Prolongada: Possibilidades e Aplicações


Até hoje, as explorações subaquáticas duram apenas horas ou poucos dias, com limitações severas devido à necessidade de retornar à superfície para evitar problemas sérios de saúde causados pelas pressões e compressões do mergulho.


Com o Vanguard, por exemplo, até três pessoas podem viver e trabalhar por cerca de uma semana a 100 metros de profundidade. Já o Sentinel promete abranger seis ocupantes por até 28 dias em profundidades que chegam a 200 metros.


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Imagem:Vanguard habitat unveiled in Miami/Créditos:deep.com


Essa permanência estendida permitirá a coleta contínua e detalhada de dados sobre ecossistemas marinhos, estudo de vida selvagem subaquática, monitoramento de alterações ambientais e até a exploração de naufrágios e recursos minerais sem a pressa e riscos dos mergulhos tradicionais.


Além das pesquisas científicas, essas bases podem ser usadas em operações de busca e salvamento como suporte para mergulhadores, uma aplicação vital em casos de acidentes como o afundamento de grandes embarcações, e também no turismo subaquático, proporcionando experiências imersivas inéditas em aquários gigantes.


Por Que Isso Importa?


O oceano cobre mais de 70% da superfície da Terra, mas ainda é a fronteira menos explorada, com vastas regiões desconhecidas e espécies ainda a serem descobertas.


Projetos como o do DEEP representam um passo gigante para reduzir essa “desconexão” da humanidade com o mundo submarino, da mesma forma que a Estação Espacial Internacional possibilitou a pesquisa humana no cosmos.


Essa inovação pode, literalmente, transformar o modo como interagimos com o planeta, abrindo novas oportunidades econômicas, ambientais e científicas, além de inspirar uma nova geração de exploradores que podem considerar a vida nas profundezas do mar tão natural quanto no ar.


Fonte: Deep.com

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