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3I/ATLAS: o misterioso visitante interestelar entre cometa e enigma cósmico.

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  • há 6 dias
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Enquanto 3I/ATLAS cruza o Sistema Solar em alinhamento Terra-Sol, suas anomalias reacendem debates sobre sua origem, cometa natural ou artefato estranho?


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(Imagem Ilustração-Cometa/Sol-Créditos:GilAlves)

No cenário astronômico de 2025, poucas descobertas despertaram tanta curiosidade quanto o objeto interestelar 3I/ATLAS (designado C/2025 N1 (ATLAS)).


Ao passar por trás do Sol, alinhado Terra-Sol-3I/ATLAS, sua trajetória, comportamento e características alimentam especulações, mas também levantam perguntas essenciais: trata-se de um cometa exuberante ou de algo muito mais incomum?


A partir de 21 de outubro de 2025, o visitante interestelar 3I/ATLAS alcançou o ápice de seu alinhamento com o Sol, e em 29 de outubro fará um rasante solar.


Este momento crítico torna o estudo do objeto imprescindível, e ele já entrou nos holofotes dos especialistas em astrofísica e SETI (Busca por Inteligência Extraterrestre).


O alinhamento crítico: Terra, Sol e 3I/ATLAS


Desde nosso ponto de vista na Terra, 3I/ATLAS está atualmente localizado atrás do Sol, gerando o alinhamento Terra — Sol — 3I/ATLAS. Esse posicionamento obstrui observações diretas, mas também define um instante-chave na trajetória do objeto.


O ápice desse alinhamento ocorreu em 21 de outubro de 2025, e o próprio rasante solar — a mínima aproximação ao Sol — está programado para 29 de outubro.



Esse fenômeno oferece uma janela estreita para monitoramento e coleta de dados antes que o objeto se afaste ou fique irreversívelmente encoberto pelo brilho solar.


A proximidade extrema ao Sol pode induzir efeitos térmicos e dinâmicos que revelem suas propriedades internas ou seu comportamento, se natural ou não.


Escala Loeb: entre cometa e artefato


O astrofísico Avi Loeb propôs há tempos uma escala de probabilidade (a “Escala Loeb”) para classificar objetos suspeitos no espaço, de 0 (cometa natural padrão) a 10 (artefato alienígena com risco).


Loeb cogita que, mesmo se 3I/ATLAS passar a se comportar exatamente como um cometa, sua nota não poderá mais cair para zero, devido às discrepâncias em relação à população esperada de objetos interestelares, como seu tamanho e massa.


Ele sugere que 3I/ATLAS poderia eventualmente ser rebaixado a nota 2, mas não a 0. Esse posicionamento cauteloso reflete a singularidade do objeto.


Mesmo em hipótese de “cometismo” aparente, sua escala Loeb permaneceria alta demais para classificá-lo como um cometa comum — mantendo, assim, o mistério sobre sua verdadeira natureza.


As principais anomalias do 3I/ATLAS


O que torna 3I/ATLAS: o misterioso visitante interestelar entre cometa e enigma cósmico tão intrigante são suas inúmeras peculiaridades. A seguir, as anomalias mais mencionadas pelos pesquisadores:


Procedência em região densa do céu (“camuflagem?”) — o ponto de origem aparente está em uma região rica em estrelas, como se o objeto emergisse camuflado.


Trajetória alinhada com a eclíptica — sua órbita segue quase exatamente o plano onde circulam os planetas. A chance de isso ocorrer naturalmente foi estimada em apenas 0,2 %.


Tamanho incomum — estimado em ao menos 5 km de diâmetro e com massa de cerca de 33 bilhões de toneladas. Esses valores destoam bastante das expectativas para objetos interestelares detectados até hoje.


Jato para frente + cauda de poeira — o objeto apresentou emissão de material à frente (um “jato frontal”) e uma cauda de poeira não ionizada, comportamento inesperado para cometas comuns.


Níquel quase sem ferro — análises apontam composição com níquel e pouca ou nenhuma quantidade de ferro, algo que exigiria processamento industrializado, nunca observado em corpos naturais.


Polarização negativa extrema — a luz refletida por 3I/ATLAS mostra padrão de polarização negativa acentuada, sugerindo material sintético ou não convencional.


Passagem pela zona habitável — ele cruza precisamente a região que, em nosso Sistema Solar, define a “zona habitável” para vida como conhecemos.


Rasantes múltiplos — teria realizado passagens rasantes com Marte, Vênus e Júpiter — um evento com probabilidade natural estimada em apenas 0,005 %.


Origem na mesma região do “Sinal Wow” (1977) — sua trajetória aparente parece apontar para a mesma região celeste de onde veio o famoso sinal “Wow” detectado em 1977, aumentando especulações de conexão extraterrestre.


Essas anomalias tornam 3I/ATLAS: o misterioso visitante interestelar entre cometa e enigma cósmico um candidato privilegiado a estudo aprofundado, seja como objeto natural extremo ou possível artefato inteligente.


Está a NASA escondendo algo?

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(Imagem Ilustração-Cometa-Créditos:GilAlves)

A posição de destaque do 3I/ATLAS gerou teorias conspiratórias. Uma delas afirma que a NASA estaria ocultando imagens cruciais capturadas pelo instrumento HiRISE a bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter durante o rasante ao redor de Marte.


Apesar de a imagem de alta resolução existir, nem a NASA nem a Universidade do Arizona (operadora do instrumento) liberaram-na ao público, algo que muitos veem como “coincidência suspeita”.


Apesar de cortes orçamentários e paralisações administrativas (shutdowns), a agência espacial se defende dizendo que a liberação de dados segue protocolos científicos e revisões.


Entretanto, o timing do episódio alimentou teorias sobre supressão de evidências.


Recentemente, a NASA e o Minor Planet Center (MPC) da União Astronômica Internacional ativaram a IAWN — International Asteroid Warning Network, para o caso especial do 3I/ATLAS.



O objetivo é melhorar a astrometria, o rastreamento e a coordenação de observatórios ao redor do mundo. No anúncio oficial, solicita-se que observatórios enviem dados entre 27 de novembro de 2025 e 27 de janeiro de 2026.


Embora tratado como exercício, a convocação global levanta dúvidas: em pleno shutdown, por que esse esforço coordenado?


O enigma torna-se ainda maior quando se observa que pouco antes desse chamado, circulava um documento conjunto do SETI e da IAA (Academia Internacional de Astronáutica) propondo mudanças no protocolo para confirmação de vida inteligente, possivelmente conectado ao 3I/ATLAS. (veja: arXiv 2510.14506)


Em observações mais recentes com o Nordic Optical Telescope (Ilhas Canárias), foi relatada uma alteração na estrutura do objeto: o “jato para frente” desapareceu e agora o 3I/ATLAS exibe uma cauda voltada para trás — exatamente o tipo de cauda esperada para um cometa convencional.


A interpretação natural sugerida é que, à medida que o objeto se aproxima do Sol, o gelo (principalmente H₂O) previamente ativo estaria sendo dissipado.


O que restaria seria gás mais pesado como CO₂ e partículas mais refratárias, que são empurradas para trás pela pressão solar, criando a cauda tradicional. Essa evolução abre caminho para que o objeto se comporte mais como um cometa “normal”.


No entanto, na hipótese alternativa defendida por Avi Loeb e Adam Hibberd, o jato frontal original poderia corresponder a um motor de frenagem, enquanto a nova cauda traseira funcionaria como propulsão de aceleração, um cenário de manobra deliberada.


Em tal caso, um eventual ajuste poderia colocar 3I/ATLAS em órbita heliocêntrica, um caminhamento de comportamento inteligente no espaço.


Durante sua travessia, 3I/ATLAS: o misterioso visitante interestelar entre cometa e enigma cósmico enfrenta riscos diretos do ambiente solar. Recentemente, foi registrada uma massiva Ejeção de Massa Coronal (CME) na face oculta do Sol, direcionada justamente à trajetória do objeto.



Essa poderosa explosão solar, originada da Região Ativa AR 4246, pode impactar significativamente o comportamento físico do corpo, desde aquecimento até bombardeio por partículas energéticas.


A incerteza é se esse “tiro de bazuca solar” modificará sua trajetória ou estrutura. Vale notar: a região ativa que gerou a CME deve emergir à face visível do Sol no começo de novembro, o que pode trazer implicações observacionais adicionais.


Caminho adiante e implicações cósmicas


À medida que 3I/ATLAS: o misterioso visitante interestelar entre cometa e enigma cósmico completa seu rasante e inicia sua trajetória de afastamento, muitos olhos científicos estarão voltados para:


Biografia orbital final: será que permanecerá em trajetória escapa (hiperbólica) ou sofrerá captura parcial (orbital)?


Mudanças físicas pós-periélio: integridade estrutural, emissão residual, ruptura ou fragmentação.


Dados espectroscópicos e polarimétricos finais: para confirmar ou refutar assinaturas anômalas de material sintético.


Imagens de alta resolução: se o hiato entre observações for reduzido, podem emergir revelações decisivas.


Colaborações globais: o período entre novembro de 2025 e janeiro de 2026, convocado pela IAWN, será crucial para acumular medidas globais e comparativas.


Caso o objeto se comportasse exatamente como um cometa, poderíamos interpretar essa evolução como ajustes térmicos naturais. Mas, se anomalias persistirem, 3I/ATLAS manterá seu status de enigma.fortalecendo hipóteses de origem não natural.


É cedo para afirmar que a NASA “esconde a verdade” sobre 3I/ATLAS, mas a falta de transparência em dados sensíveis (como a imagem HiRISE) gera desconfiança.


Em paralelo, o apelo às redes internacionais de vigilância e o interesse do SETI mostram quão singular é esse visitante.


Em síntese: 3I/ATLAS: o misterioso visitante interestelar entre cometa e enigma cósmico segue no limiar entre o natural e o possível artefato.


Ele já desafiou nossas expectativas e promete manter viva a chama do mistério astronômico pelos próximos meses. e talvez décadas.



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