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Proprietária de loja é acusada de vender ossos humanos reais na Flórida: caso bizarro intriga autoridades.

  • Foto do escritor: Infocusnews
    Infocusnews
  • 15 de abr.
  • 3 min de leitura

A venda de itens mórbidos ganha cada vez mais popularidade na internet, especialmente em plataformas alternativas e grupos fechados.

(Imagem ilustração/Créditos: GilAlves)


Um caso que mais parece enredo de filme de terror virou realidade na Flórida. A proprietária de uma loja de curiosidades chamada Wicked Wonderland, localizada em Orange City, foi formalmente acusada pelas autoridades estaduais por envolvimento em um suposto esquema de venda de ossos humanos reais.


A acusada, Kymberlee Schopper, teria comercializado fragmentos de crânio, vértebras e costelas através da loja física e de uma plataforma de vendas online.


O caso veio à tona no final de 2023, quando agentes da polícia local, durante uma investigação de rotina em marketplaces suspeitos, identificaram anúncios bastante incomuns vinculados à loja.


Os produtos, descritos como “itens genuínos de restos humanos”, estavam sendo ofertados abertamente com valores que variavam de acordo com o tipo e o estado de conservação do osso.


Investigação começa com denúncia e leva à descoberta macabra.


Intrigados, os investigadores resolveram visitar pessoalmente a loja Wicked Wonderland, que há anos atraía curiosos e colecionadores por seus objetos incomuns e decoração excêntrica.


Segundo o relatório policial, um dos coproprietários chegou a afirmar, de forma casual, que a venda de ossos humanos era prática comum no local e não violava nenhuma legislação estadual.


No entanto, após o recolhimento de diversas peças para análise forense, os peritos confirmaram que os ossos não eram réplicas ou modelos anatômicos de uso educacional, como alegado pelos donos, mas sim restos humanos autênticos e centenários, com forte indício de terem sido extraídos ilegalmente, possivelmente por meio de escavações arqueológicas ou tráfico de restos mortais.


Entre os itens apreendidos estavam fragmentos de crânio humano, vértebras, uma costela quase completa e partes não identificadas. A condição dos ossos indicava sinais de envelhecimento natural, além de marcas que sugerem que os materiais foram retirados de ambientes funerários antigos.


Acusação formal: comércio ilegal de tecido humano.


Com base nas evidências apresentadas pela perícia, as autoridades acusaram Kymberlee Schopper pelo crime de comércio de tecido humano, uma infração grave de acordo com a legislação da Flórida.


A prática é considerada ilegal em praticamente todo o território americano, salvo em contextos médicos, científicos ou museológicos — sempre mediante autorização legal e controle rigoroso.


O Departamento de Polícia de Orange City informou que as investigações continuam em andamento, e que há possibilidade de mais pessoas estarem envolvidas no esquema.


Além disso, estão sendo analisadas as origens dos ossos comercializados, com o auxílio de especialistas em arqueologia e antropologia forense, a fim de identificar possíveis saques a sítios históricos ou cemitérios clandestinos.


Debate ético e legal sobre o mercado de curiosidades.


O caso da Wicked Wonderland  levanta uma discussão cada vez mais relevante nos Estados Unidos: até que ponto o mercado de “curiosidades macabras” deve ser regulamentado?


Com o crescimento de lojas alternativas e feiras temáticas, muitos empreendimentos passaram a vender objetos como crânios de animais, restos de taxidermia e, em alguns casos, materiais humanos, alegando fins educacionais ou de coleção.


Contudo, segundo especialistas em direito penal e bioética, a comercialização de restos humanos sem autorização configura crime, independentemente da intenção do vendedor ou do comprador. A posse de ossos humanos por civis, mesmo para estudo, deve seguir regras rigorosas, incluindo comprovação da origem legal e respeito à dignidade dos mortos.


Loja fechada e julgamento em andamento.


Após a apreensão dos itens e a formalização da denúncia, a loja Wicked Wonderland teve suas atividades suspensas temporariamente. A acusada, Kymberlee Schopper, responde ao processo em liberdade, mas poderá enfrentar penas severas, que incluem reclusão e multa significativa, caso seja considerada culpada.


O julgamento está previsto para ocorrer ainda em 2025, e o caso segue atraindo atenção da mídia local e nacional, tanto pelo caráter incomum quanto pelo potencial impacto legal no segmento de comércio alternativo nos EUA.


Referência da matéria: ClickOrlando

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