Asteroide 2025 SC79 surpreende cientistas ao completar volta ao Sol em apenas 128 dias.
- Infocusnews

- 17 de out.
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Descoberto por astrônomo dos EUA, o corpo celeste orbita mais rápido que quase todos os asteroides conhecidos.

(Imagem Ilustração-Asteroide Créditos:ChatGPT)
Um novo e fascinante achado astronômico está chamando a atenção da comunidade científica internacional. No dia 27 de setembro de 2025, o astrônomo Scott S. Sheppard, da Instituição Científica Carnegie, nos Estados Unidos, descobriu um asteroide extremamente veloz e intrigante.
Batizado de 2025 SC79, o corpo celeste completa uma órbita completa ao redor do Sol em apenas 128 dias, o que o torna o segundo asteroide mais rápido já observado até hoje.
A descoberta foi realizada com o auxílio da Dark Energy Camera (DECam), uma das câmeras astronômicas mais potentes do mundo, instalada no telescópio Víctor M. Blanco, no Observatório Interamericano de Cerro Tololo (CTIO), localizado no Chile, a cerca de 2.200 metros de altitude.
Essa região é considerada uma das mais privilegiadas do planeta para observações espaciais, devido à sua atmosfera estável e à baixa interferência luminosa.
O segundo asteroide mais rápido do Sistema Solar
O asteroide 2025 SC79 é classificado como um “asteroide crepuscular”, nome dado aos objetos espaciais que orbitam muito próximos ao Sol, em regiões de difícil observação por causa do forte brilho solar.
Esse tipo de corpo é extremamente raro, justamente pela complexidade de detectá-lo nos curtos períodos de visibilidade disponíveis.
Durante sua trajetória, o 2025 SC79 trafega por dentro da órbita de Vênus e chega a cruzar a de Mercúrio, um território perigoso e escaldante, onde poucos objetos conseguem resistir.
Segundo os pesquisadores, o asteroide tem aproximadamente 700 metros de diâmetro, um tamanho significativo, considerando a intensidade do calor e da radiação solar aos quais ele é constantemente exposto.
Conforme indicado nas observações iniciais, o asteroide 2025 SC79 permanecerá invisível por alguns meses, pois encontra-se atualmente atrás do Sol, tornando impossível sua detecção por telescópios terrestres.
Apesar disso, sua trajetória já foi confirmada por observatórios poderosos, como os telescópios Gemini e Magellan, em um projeto que conta com apoio parcial da NASA e tem como foco mapear asteroides crepusculares com potencial risco para a Terra.
O asteroide 2025 SC79, com seu movimento acelerado em torno do Sol, levanta novas questões sobre a formação e resistência de corpos celestes próximos à nossa estrela.
Como um objeto desse tamanho consegue manter sua estrutura mesmo em uma região onde as temperaturas e a radiação atingem níveis extremos?
Os astrônomos acreditam que o estudo do 2025 SC79 pode revelar pistas importantes sobre a origem e a evolução do Sistema Solar interior, além de contribuir para estratégias de defesa planetária.
Isso porque, embora o asteroide não apresente risco de colisão com a Terra, a análise de sua composição e trajetória ajuda a compreender como objetos potencialmente perigosos se comportam quando estão próximos ao Sol — conhecimento essencial para futuras ações de prevenção.
De acordo com Scott Sheppard, “asteroides como o 2025 SC79 são janelas para o passado do Sistema Solar.
Eles mostram como o calor extremo pode alterar a estrutura dos materiais e nos ajudam a entender o que acontece com objetos que migram das regiões externas para as internas do Sistema Solar”.
A busca por asteroides crepusculares faz parte de programas de defesa planetária internacionais, que têm como missão identificar e monitorar objetos próximos à Terra antes que possam representar qualquer ameaça.
Mesmo que o 2025 SC79 não esteja em rota de impacto, sua descoberta reforça o quanto a tecnologia astronômica evoluiu e como a cooperação científica global tem sido essencial para garantir a segurança do nosso planeta diante dos desafios cósmicos.
Essa descoberta demonstra, mais uma vez, que a curiosidade humana e a ciência continuam avançando em busca de respostas sobre o vasto e misterioso universo que nos cerca.



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