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Um Novo Oceano Está Se Formando: Pulsos do Manto Terrestre Fragmentam o Leste da África

  • Foto do escritor: Infocusnews
    Infocusnews
  • 14 de out.
  • 3 min de leitura

Cientistas revelam que movimentos rítmicos de magma sob a Etiópia podem dividir África, criando um oceano em milhões de anos


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(Imagem Ilustração/Mapa África-Créditos:GilAlves)


Um capítulo geológico inédito pode estar sendo escrito no continente africano. Pesquisadores têm identificado sinais evidentes de que o coração da África está lentamente se rompendo devido a pulsos regulares de magma no manto da Terra.


Essa atividade subterrânea, situada na região de Afar, na Etiópia, indica a formação gradual de uma fenda continental que poderá se transformar em um oceano completamente novo.


O processo é lento, porém sua importância muda a compreensão da tectônica continental no planeta Terra, trazendo um vislumbre do futuro geológico da África e do mundo.


A pesquisa, publicada na renomada revista científica Nature Geoscience e liderada por especialistas das universidades de Southampton e Swansea, no Reino Unido, detalha como pulsos rítmicos de rocha fundida, ou magma, estão ascendendo das profundezas do manto terrestre sob o cartografado leste africano.



Essas “batidas” do manto dão origem a tensões que abrem fissuras na crosta continental sobrejacente, iniciando uma separação que, em escala temporal geológica, rasgará o continente em duas partes.


Os resultados da pesquisa confirmam que as dinâmicas internas do planeta ainda estão ativas e capazes de transformar a face da Terra.


O estudo monitora vibrações no interior do planeta que provocam essas rachaduras na região que faz parte da Grande Fenda do Rift Africano, um complexo sistema de falhas, vales e vulcões que se estende por milhares de quilômetros no leste africano.


“Um Novo Oceano Está Se Formando: Pulsos do Manto Terrestre Fragmentam o Leste da África”.


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(Imagem Ilustração/Mapa África-Créditos:Pixabay/WikiImages)

Através da medição dos “batimentos” do manto – ondas rítmicas detectadas com equipamento sísmico, a equipe científica conseguiu mapear com precisão como o magma movimenta e estica a crosta terrestre.


Ao longo do tempo, esse movimento criará uma grande fenda que possivelmente se abrirá o suficiente para que o oceano, o qual cientistas estimam que levará vários milhões de anos para se concretizar, se forme.


Essa separação permitirá que o fundo oceânico invada a fenda, finalmente dividindo o continente africano em duas massas distintas, um processo pouco observado desde a era dos supercontinentes.


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As evidências do levantamento são um marco para entender a formação e evolução dos oceanos.


Essa descoberta também confirma que a Terra mantém mecanismos internos poderosos que podem remodelar grandes áreas continentais, algo que não ocorre comumente em tempos geológicos recentes.


O que está acontecendo geologicamente no leste africano?


A região de Afar, na Etiópia, é o ponto focal dessa atividade geológica rara.

Situada na interseção de três placas tectônicas – a placa Nubiana, a placa Somaliana e a placa Arábica –, ela é um verdadeiro laboratório natural para geólogos.


A interação entre essas placas, combinada com o fluxo de material quente do manto, cria uma pressão extrema que literalmente começa a abrir um espaço no solo africano.


À medida que o magma sobe em pulsos, ele fratura a crosta causando terremotos e atividade vulcânica frequente.


Ao longo de milhões de anos, essas fissuras se expandirão, dando origem a um canal que poderá um dia ser preenchido por água salgada, formando um novo braço oceânico.


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A possibilidade da criação de um novo oceano no leste da África tem significados profundos para o estudo da tectônica de placas e a história do planeta.


Além do impacto científico, esta transformação pode influenciar ecossistemas, climas e até padrões migratórios humanos em um futuro remoto.


Os registros sísmicos e geológicos monitorados atualmente são essenciais para compreender a dinâmica interna do planeta, podendo ajudar em previsões ambientais e geológicas regionais.




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