Kosmos 482: sonda soviética de 53 anos deve cair na Terra entre 8 e 12 de maio.
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Agências como NASA, ESA e Roscosmos acompanham o objeto em tempo real por meio de radares e telescópios terrestres.

(Imagem Reprodução/Créditos:Nasa)
Nos próximos dias, um dos artefatos espaciais mais antigos em órbita terrestre está prestes a retornar à superfície do planeta.
Trata-se do Kosmos 482, uma sonda soviética lançada em 31 de março de 1972, originalmente destinada a pousar em Vênus. Devido a um erro na ignição do estágio Blok L, ela nunca conseguiu escapar da órbita baixa da Terra e permanece orbitando há mais de cinco décadas.
Histórico e características técnicas:
Lançamento: 31 de março de 1972, às 04h02 (UTC), a partir do cosmódromo de Baikonur, com o foguete Molniya 8K78M.
Massa ao lançamento: 1.180 kg (incluindo o módulo de descida) e 495 kg somente do descensor, projetado para suportar temperaturas extremas e até 300 G de aceleração.
Órbita: baixa (perigeu a ~141 km, apogeu a ~268 km), inclinação de 51,95°, período orbital de aproximadamente 88,7 minutos.
Módulo de descida: fabricado em liga de titânio, diâmetro de cerca de 1 m, equipado com escudo térmico reforçado e paraquedas (estado atual indeterminado).
Previsão de reentrada e faixa de queda:
As projeções mais recentes indicam que o Kosmos 482 deve reentrar na atmosfera terrestre entre os dias 8 e 12 de maio de 2025, com maior probabilidade entre os dias 9 e 10 de maio.
Trata-se de uma reentrada não controlada, já que não há sistemas de manobra a bordo do módulo de descida.
A zona de possível impacto se estende entre as latitudes 52° N e 52° S, abrangendo partes do continente americano, Europa, África, Ásia e Oceania.
Isso inclui regiões populosas como Estados Unidos continentais, grande parte da Europa e leste Ásia. No entanto, estatisticamente, a maior parte dos destroços deve cair nos oceanos ou em áreas desabitadas, tornando mínima a chance de colisão em áreas densamente povoadas.
Riscos e probabilidades:
Especialistas avaliam que, mesmo que o módulo sobreviva praticamente inteiro à reentrada, chegando a atingir até 12.000 m/s antes de sofrer desaceleração pela atmosfera – as chances de causar danos ou ferimentos são muito baixas.
Velocidade de impacto estimada: entre 150 mph (≈240 km/h) e 300 mph (≈480 km/h), dependendo de quanto da estrutura permanecer intacta Latest news & breaking headlines.
Probabilidade de atingir área habitada: inferior a 1 em 10.000, segundo o astrônomo Jonathan McDowell New York Post.
Consequências ambientais e legais: caso ocorra algum dano, a Rússia, como operadora original, poderia ser responsabilizada segundo normas de direito espacial.
Monitoramento e reação das agências espaciais:
Agências como NASA, ESA e Roscosmos acompanham o objeto em tempo real por meio de radares e telescópios terrestres. O rastreador holandês Marco Langbroek observa que “como este é um módulo de pouso projetado para sobreviver à passagem pela atmosfera de Vênus, é possível que sobreviva intacto à reentrada na atmosfera terrestre e ao impacto”
Além do acompanhamento oficial, entusiastas de satélites e instituições acadêmicas fornecem atualizações frequentes sobre a queda prevista, usando modelos atmosféricos como NRLMSISE00 e dados de Space Surveillance Network.
O que observar nos próximos dias:
Visibilidade: se sobreviver à maior parte da fricção atmosférica, a reentrada pode ser vista como uma faixa luminosa no céu noturno ou no crepúsculo.
Alerta a população: não há recomendação de evacuação nem estado de emergência, mas observatórios e redes de monitoramento divulgam avisos em tempo real.
Registro de eventos: qualquer fragmento que atingir o solo deverá ser reportado às autoridades locais e, possivelmente, encaminhado para análise.
Por fim, trata-se de um lembrete do desafio crescente dos detritos espaciais: estima-se que mais de 35.000 objetos com mais de 10 cm orbitam a Terra, exigindo monitoramento contínuo para garantir a segurança tanto de missões tripuladas quanto de populações em solo.
Referência da matéria: GizModo
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