Pesquisadores preparam escavação em formação rochosa na Turquia que pode ser a Arca de Noé!
- Infocusnews
- 11 de abr.
- 3 min de leitura
A estrutura tem 163 m de comprimento e se destaca por seu formato de barco e pela composição de limonita.

(Imagem ilustração/Créditos: GilAlves)
Um novo e promissor capítulo pode estar prestes a se abrir na busca por evidências físicas da lendária Arca de Noé. Pesquisadores se preparam para realizar uma escavação controlada na Formação Durupinar, uma intrigante estrutura natural localizada no leste da Turquia, que há décadas desperta atenção mundial por sua semelhança com a embarcação descrita no Antigo Testamento.
Situada a aproximadamente 2.000 metros acima do nível do mar, a formação rochosa está posicionada a cerca de 3 quilômetros da fronteira entre a Turquia e o Irã, em uma região remota, próxima ao Monte Ararat, local historicamente associado ao repouso da arca após o fim do Dilúvio.
O que torna esse ponto especialmente interessante são as dimensões e o formato da formação, que remetem a um navio encalhado, com aproximadamente 163 metros de comprimento, medida compatível com a descrição bíblica (300 côvados).
Nova fase da investigação científica
A equipe responsável pelo estudo é composta por especialistas internacionais que, em parceria com universidades turcas, adotam uma abordagem científica rigorosa. Nos últimos anos, os pesquisadores concentraram seus esforços em testes não destrutivos, como análises de solo, escaneamentos por radar de penetração no solo (GPR), varreduras eletromagnéticas e imagens de satélite de alta resolução.
Essas investigações preliminares identificaram padrões simétricos e estruturas internas geométricas que sugerem a possibilidade de se tratar de algo além de uma formação geológica natural. O solo dentro da área analisada também apresentou características peculiares: pH alterado, maior concentração de matéria orgânica, além de elementos químicos compatíveis com decomposição de madeira.
Outro fator que chamou atenção foi a vegetação ao redor da formação. Em imagens aéreas, é possível observar que a grama na área central muda de coloração antes da vegetação no entorno, fenômeno que pode indicar alterações químicas no solo causadas por materiais enterrados.
Evidências geológicas e fósseis
Uma das descobertas mais relevantes até agora veio da análise de trinta amostras de solo e rochas retiradas do local. Os materiais revelaram indícios de argila, sedimentos marinhos e fósseis microscópicos de moluscos de água doce e salgada. Esses vestígios indicam que a região esteve submersa em algum momento entre 3.500 e 5.000 anos atrás, o que coincide com o período sugerido por muitos estudiosos para o Dilúvio.
Além disso, camadas sobrepostas de sedimentos foram identificadas, sinalizando que um evento catastrófico, como uma enchente de grandes proporções, pode ter moldado a paisagem local. Tais achados reforçam a hipótese de que a estrutura não é apenas uma coincidência geológica, mas sim um possível vestígio de uma antiga embarcação.
Escavação programada com foco na preservação

(Imagem ilustração/Créditos: GilAlves)
Apesar do entusiasmo, os cientistas adotam cautela. A região é instável, com forte atividade tectônica e invernos rigorosos, o que torna qualquer intervenção direta um desafio técnico e ambiental. Por isso, a escavação só ocorrerá após a conclusão de todos os testes não invasivos e a criação de um plano detalhado de preservação do local.
A previsão é que os trabalhos de campo avancem nos próximos anos, com escavações pontuais e cuidadosas. A prioridade é confirmar se as anomalias detectadas são de fato estruturas artificiais. Caso se comprove a existência de restos arqueológicos ou materiais manufaturados, essa descoberta poderá reescrever parte da história humana e religiosa.
Potencial impacto histórico e cultural
Se a formação realmente for confirmada como os restos da Arca de Noé, estaríamos diante de uma das descobertas arqueológicas mais significativas de todos os tempos. Além do valor religioso, a comprovação de que uma estrutura navegável existiu naquele período traria novas interpretações sobre a tecnologia e os conhecimentos náuticos das civilizações antigas.
A busca pela Arca de Noé há muito tempo ultrapassou os limites da fé e adentrou o campo da ciência, onde hipóteses são testadas com ferramentas modernas e rigor acadêmico. Embora a confirmação definitiva ainda não exista, os avanços recentes mantêm vivo o fascínio em torno desse enigma milenar, que pode estar prestes a ser desvendado sob as pedras silenciosas da Formação Durupinar.
Referência da matéria: Mail Online
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